Sumaia Vilela - 23/10/2017 - 20h12 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada da internet
O reajuste na tabela do SUS para esses exames, como punção e biópsia, foi em média de 100%. Esse recurso é pago por procedimento a todos os hospitais que oferecem os serviços pelo SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 75% das instituições são hospitais não públicos; a maioria particulares mas sem fins lucrativos.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o objetivo do reajuste é estimular os exames que possuem maior precisão no diagnóstico.
Alguns dos exames que tiveram o valor reajustado eram menos realizados que o indicado, como a punção por agulha grossa. De acordo com o Ministério da Saúde, o preço do material utilizado aumentou, o que poderia influenciar na oferta do serviço. Com o exame passando a ser mais rentável, a expectativa do órgão é que o mercado passe a disponibilizar mais exames.
A presidente da Associação das Mastectomizadas de Brasília, Joana Jeker, tem a mesma posição.
O Ministério da Saúde também anunciou a entrega de 100 aceleradores lineares, equipamento usado para radioterapia. O projeto teve início em 2012 e previa 80 unidades, número que foi expandido para 100 equipamentos posteriormente. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia, Eduardo Weltman, o governo está atrasado na entrega dos aparelhos.
Além disso, ele defende que o estímulo ao diagnóstico não resolve o problema sem acesso amplo ao tratamento.
O Instituto Nacional de Câncer estima que quase 58 mil mulheres vão ter câncer de mama em 2017.