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Fux diz que ministro do STF não deve recear desagradar opinião pública
Justiça
Publicado em 22/01/2019

 

Publicado em 22/01/2019 - 12:36

Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil  Brasília/Site EBC

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

 

 

O ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (22), em evento sobre o combate à corrupção, que os ministros da Corte não devem ter medo de desagradar a população ao tomar suas decisões.

 

“O Supremo Tribunal Federal tem compromisso com a guarda da Constituição. E nenhum receio de desagradar a opinião pública, ou de cair em impopularidade, pode fazer com que um ministro do Supremo Tribunal Federal abdique da sua independência", disse Fux, responsável pelo plantão do STF até 1º de fevereiro.

 

Como exemplo, o ministro citou a análise sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa, em 2010, quando seu voto desempatou o julgamento e fez com que a aplicação da legislação de iniciativa popular fosse adiada para as eleições de 2012. “Naquela oportunidade, não vou sonegar aos senhores que me assustei bastante com a repulsa popular”, admitiu.

 

O ministrou também exaltou o trabalho dos jornalistas, afirmando que “quanto maior for a liberdade de imprensa, maior será o combate à corrupção”.

 

“Foi a imprensa que inaugurou a estratégia de, em vez de focar nos corruptos, focar nos corruptores, quando produz o noticiário. Que haja parceria legítima entre a imprensa e as instituições de combate a corrupção”, disse.

 

Dodge

As declarações foram dadas em evento organizado na Escola de Magistratura Federal, em Brasília, sobre o combate à corrupção em um estado democrático de direito, do qual também participou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para quem a “corrupção é uma morte social”.

 

“Na última eleição, a população deu uma resposta, manifestou-se nas urnas de uma forma que expressou claramente a sua intolerância com a corrupção e seu anseio de construir uma sociedade mais íntegra e honesta”, afirmou.

 

Edição: Fernando Fraga

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