Em pronunciamento, nesta quarta-feira (5), o senador Roberto Requião comparou os patos e as características dessas aves aos brasileiros, que ele considera “enganados” pelas grandes corporações e a mídia. Brasileiros que teriam sido convencidos pelo “Pato da Fiesp”, símbolo usado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a usar a camisa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ir às ruas pedir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ao descrever as famílias de patos, o parlamentar destacou o pato-mudo, uma raça selvagem que não emite sons altos e que não reage "aos seus opressores". Ele também ressaltou que os patos são “fáceis de criar” e se reproduzem em grande quantidade, “chegando a milhões em todo o Brasil”. E acrescentou, com ironia, que a dieta desses patos é à base de alfafa.
O senador, entretanto, afirmou que o número de patos está “caindo drasticamente” em razão da crise política e econômica. Requião fez críticas às ideias neoliberais que seriam responsáveis pela revoada dos patos que agora, segundo ele, começam “a abandonar o bando”.
– Eu estou otimista por ver brasileiros, que foram feitos de patos, despertarem e, em movimento contrário, retomarem as ruas contra a entrega do país ao grande capital global, especialmente ao capital financeiro; contra a destruição da previdência social e da legislação trabalhista; contra a terceirização que instaura no país a escravidão remunerada; contra a destruição da nossa indústria e o extermínio dos empregos – disse o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Por Agência Senado - Da Redação | 05/04/2017, 19h57 - ATUALIZADO EM 05/04/2017, 20h06