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BNDES cria comissão para investigar indícios de favorecimento à Odebrecht
Política
Publicado em 17/04/2017

A diretoria do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com sede no Rio de Janeiro, decidiu instaurar uma comissão para apurar internamente fatos apontados nas delações do grupo Odebrecht, tornadas públicas na última semana.

 

Conforme consta do site do Supremo Tribunal Federal, no processo de nome petição 6740, o colaborador Marcelo Odebrecht teria dito que Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva, chefe de gabinete do então ministro da Fazenda Guido Mantega, teria lhe solicitado, no ano de 2011, a contratação de empresa de Alvaro Luiz Vereda de Oliveira.

 

A empresa teria recebido valores desproporcionais ao contratado, motivada por intuito de manter boas relações entre o grupo Odebrecht, o Ministério da Fazenda e o BNDES.

 

Em outra petição no STF, baseada em declarações de cinco colaboradores, teria havido favorecimento aos interesses da Odebrecht em Angola, na África.

 

Por meio de nota, o BNDES informa que Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva foi diretor Internacional e de Comércio Exterior do banco de janeiro de 2003 a dezembro de 2004 e de abril de 2011 a novembro de 2014.

 

Já Alvaro Luiz Vereda foi assessor da presidência do BNDES de outubro de 2005 a maio de 2006.

 

Na nota, a instituição ressalta que nenhum dos dois é ou foi empregado do banco, mas ocuparam cargos de confiança.

 

Além disso, o banco informa que até o momento as citações de que tomou conhecimento se referem à suposta participação de Luiz Eduardo Melin e de Álvaro Luiz no processo de aprovação, pelo BNDES, de financiamentos à exportação de bens e serviços de engenharia.

 

O banco afirma ainda que irá buscar apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para apuração em conjunto de eventuais ilícitos administrativos e penais.

 

 

 

 

 

 

 

Keite Camacho - 16/04/2017 - 18h55 - Rio de Janeiro - Radioagência Nacional/Site EBC

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